quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

Feliciano critica Maria do Rosário por declaração sobre brasileiro executado


“Sujeito não era herói, era traficante”, comentou deputada.

por Michael Caceres


Feliciano critica petista por declaração sobre brasileiro executado

A execução do brasileiro Marco Archer Cardoso Moreira, fuzilado na Indonésia na madrugada de domingo (18), dividiu opiniões e gerou diferentes reações. Porém, um post feito pela ex-ministra da Secretaria dos Direitos Humanos da Presidência da República e atual deputada federal pelo PT Maria do Rosário causou polêmica.

No comentário feito através do Twitter, ela criticou o interesse das pessoas no destino das cinzas do brasileiro. Após o fuzilamento e a constatação da morte, o corpo passou por uma limpeza feita pelos médicos e pela equipe de embalsamamento. Ele foi reconhecido e, por fim, conduzido até o crematório. Uma tia do brasileiro, Maria de Lourdes Archer, estava na Indonésia e deve trazer as cinzas do sobrinho para o Brasil.

Maria do Rosário disse em sua postagem que Marco Archer não era herói, era traficante. Preso em 2004 após tentativa de entrar na Indonésia com 13 quilos de cocaína escondidos nos tubos de uma asa-delta, o instrutor de voo livre teve pedidos de clemência negados e foi executado por um pelotão de fuzilamento. O comentário da ex-ministra causou indignação nas redes sociais e em poucos minutos diversos comentários foram feitos condenando a afirmação da deputada.

Entre os comentários o deputado federal Pastor Marco Feliciano, ex-presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias, criticou a postura da colega, chamando de “cruel e estúpida declaração” o post feito por Maria do Rosário. Feliciano também afirmou que se fosse ele ou a jornalista Rachel Sheherazade os responsáveis pela fala, seriam criticados pelos petistas.

“Esquerdopatas são assim, ambíguos, maquiavélicos, cruéis, mentirosos, falsos, arrogantes e insolentes”, comentou Feliciano.

A presidente Dilma Rousseff já havia divulgado nota em que disse estar “consternada e indignada” com a execução do brasileiro. Dilma havia pedido para o presidente da Indonésia para poupar a vida do brasileiro, mas não foi atendida. O governo convocou o embaixador do Brasil em Jacarta, capital da Indonésia, Paulo Alberto da Silveira Soares, para consultas em Brasília. No protocolo das relações internacionais, o gesto é compreendido como um agravo no contato entre dois países. 
 

Indonésia pediu perdão para mulher condenada por assassinato

Mesmo sem atender aos pedidos de clemência em favor do brasileiro preso por tráfico de drogas, a Indonésia pede clemência à Arábia Saudita para poupar a vida de Satinah Binti Jumadi Ahmad, que foi condenada por assassinar e roubar sua empregadora.

De acordo com a ONG internacional Human Rights Watch, a Indonésia faz um apelo formal ao rei da Arábia Saudita, Abdullah, para que a execução seja suspensa.

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