sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

Cristãos perseguidos comentam ação terrorista na França


Por vivenciarem cenas parecidas todos os dias, muitos se posicionaram para orar e clamar pelos franceses

por Leiliane Roberta Lopes
Cristãos perseguidos comentam ação terrorista na França

O atentado contra a revista satírica francesa Chalie Hebdo chocou o mundo, mas a brutalidade com as 12 pessoas mortas em Paris foi a mesma usada diariamente por extremistas contra cristãos.

Mensagens nas redes sociais já começam a questionar campanhas como “je suis Charlie” querendo saber por que nenhuma campanha assim foi criada em defesa dos nigerianos que estão sendo dizimados pelo Boko Haram.

Através de seus representantes, o site do ministério Portas Abertas falou com cristãos que moram em países onde o Evangelho é perseguido e questionou a respeito do atentando na França, recebendo respostas surpreendentes.

“Espero que nossos irmãos tenham o coração do Senhor e demonstrem compaixão. Talvez Deus use o terror que aconteceu na França e em outros países europeus para acordar o Corpo de Cristo para orar, amar e alcançar os muçulmanos de todas as maneiras que puder”, disse uma cristã que mora no sul das Filipinas.

O local onde ela mora é atormentado pela Frente Liberal Islâmica que causa terror e destruição da região. O noivo dela foi uma das vítimas dos extremistas, morreu após ser alvo de tiros. “Deus deve ter levado os muçulmanos para a França para que pudessem ser expostos ao amor de Deus, por intermédio de Jesus Cristo”, afirma.

Uma norte-coreana que conseguiu sobreviver ao trabalho escravo, sua pena por ser cristã, já esteve na França e relata o que sentiu quando soube da notícia. “As pessoas de Paris estão em minhas orações. Infelizmente, os ataques terroristas me lembraram das costumeiras ações do governo norte-coreano. Ambos, os terroristas e o regime de Kim Jong-Un, tentam controlar as pessoas através de ameaças e violência”, deduz.

Por saber como é difícil viver sob ameaça, a coreana tem orado pelos franceses e por outros povos. “Eu oro para que Deus proteja as pessoas na França e em outros países e que elas possam experimentar a paz e graça de Deus. Eu nunca desisto de honrar o nome de Jesus Cristo em qualquer circunstância. Deus é fiel. Ele nunca falhou comigo. E por isso é possível continuar apesar de todas as ameaças!”

Um líder cristão de redes domésticas no Sudeste Asiático tirou um dia de oração pela França. “Sentimos muito pelo povo francês. Continuaremos orando por eles.”

No Sri Lanka os cristãos também se preocuparam com a situação. Mahesh del Mal, diretor de missões da Aliança Evangélica Cristã chegou a afirmar que nessas horas é preciso responder como Cristo responderia. “Como uma nação que sofre com o medo da guerra por mais de 25 anos, nos solidarizamos e nos identificamos com aqueles que perderam seus parentes”, disse.

O fundador da Portas Abertas Internacional, Irmão André, tem experiência em tratar com muçulmanos e faz um alerta: “É essencial lembrar que ninguém nasce terrorista”. Ele conheceu muitos extremistas e os desafiou com a mensagem de amor e perdão. “Ninguém consegue converter um inimigo. Isso é impossível”, ensina.

É nisso que acredita um líder cristão de uma igreja nigeriana. Há cerca de um ano os terroristas mataram 50 pessoas no estado de Adamawa e o líder afirmou: “Só podemos silenciar as armas de ódio, com as armas do amor”.

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