Suspeitos da morte de soldado no ES dizem ter confundido PMs com rivais
Sete homens foram presos em flagrante em Jardim Carapina, na Serra.
Secretário não soube dizer o que PMs faziam no bairro durante a folga.
A polícia apresentou na manhã desta terça-feira (1) os sete suspeitos de terem matado o soldado Ítalo Bruno Pereira Rocha, de 25 anos, em Jardim Carapina, na Serra, Grande Vitória. Três deles, segundo o delegado Rodrigo Sandi Mori, confessaram o crime. Todos foram presos em flagrante.
Segundo a Polícia Civil, os executores disseram ter confundido os policiais com criminosos de uma gangue rival. Uma adolescente havia sido detida, mas foi liberada, por não ter envolvimento no assassinato. O secretário de Segurança Pública, André Garcia, confirmou que os policiais não estavam a trabalho e informou que ainda não se sabe o que os militares faziam no bairro do domingo (30) à noite.
O soldado foi executado a tiros e pedradas na noite de domingo (30), no bairro Jardim Carapina, na Serra, na Grande Vitória. Outro PM estava com Ítalo e foi baleado no braço. Ele prestou depoimento à polícia na noite desta segunda (31). Câmeras de videomonitoramento instaladas no bairro registraram o momento do crime. Sete suspeitos de terem participado do crime foram detidos nesta segunda-feira (31). Ítalo foi enterrado na manhã desta terça-feira (1), na cidade de São Mateus, no Norte do Espírito Santo.
O secretario André Garcia não explicou, de fato, o que os policiais foram fazer em Jardim Carapina. Ele apenas confirmou que os policiais não estavam trabalhando. Garcia frisou que o perfil dos suspeitos presos é de pessoas muito perigosas. "O perfil é de pessoas que não podem conviver conosco. O que nos importava no primeiro momento era tirar esse grupo de circulação, porque pelo perfil apresentado nesse episódio, a sociedade corria muito risco com essas pessoas na rua", disse, durante a entrevista coletiva.
De acordo com o delegado Rodrigo Sandi Mori, da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), todos os suspeitos foram presos em flagrante porque havia provas suficientes. "Todos têm indícios de autoria e materialidade suficientes para serem autuados em flagrante, sendo inclusive reconhecidos pelo PM sobrevivente", destacou.
Em depoimento a Sandi Mori, os criminosos disseram que os militares chegaram ao bairro já atirando. "Eles dizem que confundiram os dois com inimigos do ponto final", afirmou o delegado. As investigações serão conduzidas pela Delegacia de Crimes Contra a Vida (DCCV) da Serra.
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