terça-feira, 11 de março de 2014

"Muito torturados', diz delegado sobre morte de europeus em praia do RN"

sobrado onde eles foram encontrados mortos 

Encontrados amarrados e com sacos nas cabeças, o croata Ante Stanic, de 57 anos, e o sueco Faik Mekic, de 78 anos, sofreram tortura antes de serem mortos, segundo o delegado de plantão da zona Norte, Everaldo Lemos. "Usaram de muita violência. Foram muito torturados", afirma. De acordo com o Instituto Técnico-Científico de Policia (Itep), os estrangeiros morreram sufocados. Os corpos foram achados na tarde deste sábado (8) em uma casa de praia em Jenipabu, litoral Norte do Rio Grande do Norte.
”Amarraram os braços bem forte e os amordaçaram. Chegaram a usar dois sacos para sufocar os homens e ainda espancaram para agilizar a asfixia. Sufocaram por falta de ar e pelo sangue que acumulou”, detalha o delegado.



Croata Ante Stanic, de 57 anos, e o sueco Faik Mekic, de 78 anos (Foto: Reprodução/Inter TV Cabugi)Croata Ante Stanic, de 57 anos, e o sueco Faik Mekic, de 78 anos (Foto: Reprodução/Inter TV Cabugi)
Lemos explica que o croata e o sueco foram, muito provavelmente, vítimas de latrocínio (roubo seguido de morte). O fato de terem levado um carro e outros objetos de valor leva a crer que os responsáveis pelo crime tinham a intenção de roubar a casa onde os estrangeiros estavam. "Pareceu um crime programado", acrescenta o delegado.

De acordo com Lemos, vizinhos viram uma mulher na casa onde os europeus foram mortos na noite da sexta-feira (7). "Eles estavam dando uma festa e, possivelmente, essas mulheres facilitaram a entrada de outras pessoas no local. É uma linha a ser seguida", explica Everaldo Lemos, que repassará as informações colhidas no local do crime para a Delegacia de Extremoz, na Grande Natal, que ficará responsável pelas investigações. 

A sargento Maria Edileusa Félix, do Pelotão da Polícia Militar de Extremoz, na Grande Natal, conta que a casa, localizada em um condomínio da praia de Jenipabu, pertencia a Ante Stanic. "Recebemos o chamado do caseiro da residência. Ele tentou ligar para a vítima, mas ninguém atendia o celular. Quando chegou na casa, o rapaz encontrou um corpo e nos acionou", relata. Segundo a PM, o croata tinha a casa há dez anos. O sueco era amigo dele.
A PM conta que o croata tinha visto para estar no Brasil e viajava para o seu país de origem após passar alguns meses na casa de praia de Jenipabu. "Pelas informações que colhemos não tinha envolvimento com nada errado, mas gostava de levar mulheres para a residência", conta a sargento Edileusa.

Os corpos foram achados em quartos diferentes por volta das 17h30. Ainda segundo a sargento, além de estar amarrado e com um saco na cabeça, o corpo do croata também tinha um lençol envolto no pescoço e uma bola de meia na boca. "Ele chegou a ser agredido. Tinha escoriações no olho", afirma.
Ainda segundo a PM, a casa foi encontrada revirada. Foram levados um Pálio prata de uma locadora de veículos, uma televisão, uma bomba d'água, entre outros pertences. 

G1

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