Armando tenta atrair apoio de sindicatos ligados ao PT
No PTB, ninguém fala abertamente sobre essas reuniões. Foto: Roberto Ramos/DP/D.A Press
O aval dos sindicatos estaduais, em sua maior parte ligada ao PT, tem um peso importante na decisão da sigla entre optar pela candidatura própria ou apoiar o senador Armando Monteiro (PTB) ao governo do estado. Ciente disso, o petebista tem investido em conversas com dirigentes sindicalistas para quebrar a resistência a seu nome e a uma aliança entre as duas legendas nas eleições deste ano.
No PTB, ninguém fala abertamente sobre essas reuniões. As únicas declarações dão conta apenas de que o senador não dormiu no ponto e iniciou a costura política com os sindicatos há bastante tempo e que a acolhida tem sido positiva. O silêncio sobre dia, horário e o teor dos encontros virou lei para que nenhuma informação vazada atrapalhe um possível acerto.
Fontes do PTB afirmam que o fato de grande parte dos sindicatos estaduais ser ligada ao senador Humberto Costa e ao deputado federal João Paulo, simpatizantes da aliança, torna a persuasão mais fácil. H algumas resistências, mas as conversas estão sendo", reconhece Humberto.
Historicamente, Armando é ligado ao patronato. Essa questão, porém, é minimizada pela presidente estadual do PT, Teresa Leitão."As pessoas têm que entender que o partido vai apoiar um candidato a governador e não um patrão", falou. O vice-presidente estadual da legenda, Bruno Ribeiro, mostra confiança no acerto."Alguns sindicatos precisam se entender quanto a questões programáticas da candidatura de Armando. Mas não é uma questão pessoal até porque as pessoas já votaram nele para senador junto com Humberto", explicou.
Sindicatos
Os dirigentes da Fetape e da CUT-PE, bastante ligados ao PT, negam qualquer tipo de acerto com algum dos pré-candidatos ao governo estadual."Armando e Paulo Câmara (secretário da Fazenda, pelo PSB) estão na mesma condição, pois não têm uma trajetória no campo social. Então, temos que pensar com os pés no chão. Mas não quero me antecipar, pois só finalizaremos essa discussão em maio", informa o presidente da Fetape, Doriel Barros.
O presidente da CUT-PE, Carlos Veras, também afirma que tudo está em aberto."Nossos sindicatos estão fazendo plenárias para construir uma plataforma trabalhista para entregar a todos os candidatos. Queremos apenas ter autonomia perante qualquer governo para poder continuar fazendo a defesa dos sindicalistas", declarou.
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