sexta-feira, 15 de maio de 2015

Petrobras tem lucro líquido de R$ 5,33 bilhões no primeiro trimestre !!!!

15/05/2015 18h04 - Atualizado em 15/05/2015 21h32


Petrobras tem lucro líquido de R$ 5,33 bilhões no primeiro trimestre
Resultado é 1% menor que o registrado no mesmo período de 2014.

Executivo disse que pagamento de dividendos depende de resultado.

Cristiane Caoli, Karina Trevizan e Laura NaimeDo G1, no Rio e em São Paulo
Executivos da Petrobras apresentam resultados (Foto: Cristiane Caoli/G1)Executivos da Petrobras apresentam resultados (Foto: Cristiane Caoli/G1)
Petrobras divulgou nesta sexta-feira (15) que terminou o primeiro trimestre de 2015 com lucro líquido de R$ 5,33 bilhões. O resultado representa uma queda de 1% em relação ao lucro de R$ 5,393 bilhões registrado no mesmo período de 2014. Este é o pior resultado para um primeiro trimestre desde 2007, quando a empresa registrou lucro de R$ 4,1 bilhões.
No quarto trimestre do ano passado, a companhia teve prejuízo de R$ 26,6 bilhões.
O lucro ajustado antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) ficou em R$ 21,518 bilhões de janeiro a março de 2015, crescimento de 50% sobre um ano antes.
Este foi o primeiro balanço da gestão de Aldemir Bendine, sucessor de Graça Foster na presidência da Petrobras. Graça e outros cinco diretores renunciaram a seus cargos em fevereiro.
lucro da petrobras (Foto: G1)
A Petrobras está no centro das investigações da operação Lava-Jato, da Polícia Federal. O esquema, segundo a PF, foi usado para lavagem de dinheiro e evasão de divisas que, segundo as autoridades policiais, e movimentou cerca de R$ 10 bilhões.
A empresa destacou que houve, no trimestre, o efeito integral dos reajustes de 5% no preço do diesel e de 3% no preço da gasolina ocorridos em 7 de novembro de 2014. Também influenciaram no resultado os menores custos de vendas por conta da redução dos gastos com importação de petróleo.
Lucros em primeiros trimestres
Veja o valor em R$ bilhão por ano, desde 2006
6,74,16,95,87,710,999,27,695,45,3201020150102,557,512,5
Gráfico elaborado em 2015
Questionado sobre possíveis novas altas no preço dos combustíveis durante entrevista coletiva realizada no Rio de Janeiro após a divulgação dos dados, Ivan de Souza Monteiro, diretor financeiro, afirmou que “a companhia vai operar preços competitivos e de mercado o tempo inteiro”.
Os investimentos totalizaram R$ 17,8 bilhões, 13% inferior aos do 1º trimestre de 2014.

O foco dos investimentos foi o segmento de Exploração e Produção no Brasil, que recebeu 79% dos recursos, com destaque para os projetos de aumento da capacidade produtiva.
O lucro operacional foi de R$ 13,3 bilhões, 76% superior ao do primeiro trimestre do ano passado, principalmente devido ao crescimento da produção de petróleo e gás.
Além disso, diz a estatal, o resultado do 1º trimestre de 2014 sofreu impacto do provisionamento de gastos com o Programa de Incentivo ao Desligamento Voluntário (R$ 2,4 bilhões), o que não se repetiu em 2015.
No trimestre, houve redução da receita com exportações, influenciada pela queda no preço do petróleo, além da queda de 10% nas vendas no mercado interno devido à sazonalidade do consumo e ao menor nível de atividade econômica, segundo a Petrobras. A baixa da demanda foi de 10% para o diesel e de 11% para a gasolina.
“A gente observa que a receita da companhia caiu 9%. Essa queda na receita está relacionada com menor volume de venda de derivados, principalmente e também com a queda do preço do petróleo, que impactou o preço médio dos produtos que são exportados”, disse Mario Jorge da Silva, gerente executivo de desempenho empresarial, em entrevista coletiva.
"No entanto, essa queda do preço do petróleo impactou muito mais o custo dos produtos vendidos, que caíram 27%. Essa conjunção de fatores levou a companhia a subir substancialmente seu lucro bruto", ressaltou Silva.
Segundo a Petrobras, a companhia teve despesas financeiras líquidas, no trimestre, de R$ 5,6 bilhões. A estatal terminou o trimestre com R$ 68,2 bilhões em caixa.

"As despesas operacionais caíram 22% nesse período, principalmente porque em 2014 tivemos lançada programa de demissão voluntária”, disse Mario Silva.
"O resultado financeiro negativo é reflexo direto da elevação da taxa de câmbio no período. Como a maior parte da dívida da companhia é nominada em moeda estrangeira, a elevação da taxa impacta o resultado", acrescentou.

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