ídeo que satiriza a Bíblia chega a 1,5 milhão de acessos
“Porta dos Fundos” provoca evangélicos no Youtube
por Jarbas Aragão
Os humoristas Fábio Porchat e Gregório Duvivier criaram em meados do ano passado o canal de humor ‘Porta dos Fundos’. Em pouco tempo tonou-se um dos maiores sucessos do Youtube no Brasil dos últimos tempos. No final de 2012 recebeu o prêmio APCA (Associação Paulista dos Críticos de Arte) como melhor programa de humor. Trata-se de algo inédito para uma programa que só pode ser visto na internet.
São dois vídeos curtos lançados por semana, com esquetes de humor sem preocupações com o “politicamente correto”. Entre os assuntos abordados está a religião.
O rosto mais conhecido grupo que faz o “Porta dos Fundos” é Fábio Porchat. O humorista participa de “A Grande Família” e do programa “Esquenta”, ambos da Globo. Eles já receberam convite para levar o quadro pra TV, mas acreditam que isso estragaria o formato.
“No canal, temos mais liberdade para falar palavrões e também citar assuntos que a televisão não permite. Ambas têm um ritmo diferente, elas são complementares”, explica Porchat.
Seu vídeo mais recente chegou a quase um milhão e meio de visualizações em 3 dias. Trata-se de uma piada com Moisés e a entrega dos 10 mandamentos. Rapidamente foi reproduzido milhares de vezes nas redes sociais e vem causando polêmica especialmente entre os cristãos. Católicos e evangélicos se dizem indignados pelo que consideram um questionamento da inspiração das Escrituras.
Nos mais de 14 mil comentários do vídeo no Youtube é possível ver todo o tipo de reação, desde apoio e risadas até quem considere uma blasfêmia e até condene os humoristas ao inferno. Um vídeo mais antigo deles mostrou Jesus sendo demitido do emprego numa carpintaria por ser “santo demais”.
Para quem tem dúvidas de que se trata de algo que visa especialmente os evangélicos por conta das polêmicas da última semana, a descrição do vídeo colocada por seus autores diz “Há seis mil anos, quando um cabeludão descia um morro carregando pedra, ele era considerado maneiro. Hoje em dia, isso é crime. Mas uma coisa nunca mudou: onde houver um “Silas Malafaia”, as “Marilias Gabrielas” vão atrás”.
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