terça-feira, 23 de setembro de 2014

Caminhada pelo fim da intolerância religiosa atrai 1,5 mil pessoas


A ministra Ideli Salvatti é a favor da criação de um Plano Nacional para combater o ódio religioso

por Leiliane Roberta Lopes







                                          Foto: Domingos Peixoto / Agência O Globo




A Sétima Caminhada em Defesa da Liberdade Religiosa atraiu cerca de 1,5 mil pessoas na tarde deste domingo (21) na Avenida Atlântica, em Copacabana, no Rio de Janeiro. De acordo com informações do jornal O Globo, fiéis de diversas religiões se uniram para pedir mais rigor nos casos de intolerância religiosa.

Entre as religiões representantes estavam candomblecistas, umbandistas, espíritas, judeus, católicos, muçulmanos, evangélicos e outros e juntos criticavam a forma como muitas religiões são atacadas, incluindo seus templos como é o caso das religiões de matriz africana.

Os ataques contra templos da umbanda e candomblé são tantos que o Conselho de Igrejas Cristãs do Estado do Rio de Janeiro se comprometeu a ajudar na reconstrução dos terreiros destruídos nesses ataques.

“Queremos mostrar que essas atitudes, que são dadas como um comportamento cristão, não nos representa”, disse a presidente do conselho, Lusmarina Campos Garcia. Garcia foi pastora da Igreja Luterana em Genebra e está disposta a articular um apoio internacional contra a intolerância religiosa. “Precisamos ter um contratestemunho direcionado a uma ação tão poderosa quanto essa destruição”, afirmou.

A passeata é organizada pelo babalaô Ivanir dos Santos, Interlocutor da Comissão de Combate à Intolerância Religiosa (CCIR) que cobrou a criação de um plano nacional para combater o ódio religioso.

Entre os participantes estava a ministra da Secretaria de Direitos Humanos, Ideli Salvatti, defensora da criação deste plano. “Temos um débito com a sociedade sobre esses aspectos.
Temos a diretriz para combater a intolerância no nosso Plano Nacional de Direitos Humanos, mas só conseguimos efetivar o Comitê da Diversidade Religiosa este ano. E uma das principais tarefas é organizar e estimular a criação de comitês nos estados, porque a questão da segurança é prerrogativa deles. Se não tivermos uma capilaridade, fica muito difícil atuar na garantia do estado laico”.

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