quinta-feira, 1 de maio de 2014

Governo israelense acusa ONU de aumentar tamanho da tensão entre cristãos e judeus


A Organização das Nações Unidas (ONU) foi acusada pelo governo israelense de dar uma dimensão exagerada às tensões que existem entre o país e grupos cristãos.

O principal alvo de reclamações dos israelenses foi Robert Serry, coordenador da ONU para o processo de paz no Oriente Médio. O episódio que gerou críticas das autoridades aconteceu durante a Páscoa.

Ron Proser, embaixador de Israel nas Nações Unidas, enviou uma carta ao secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, afirmando que considerava a atitude de Serry inadequada, pois ele teria abusado “de sua posição e seu mandato da ONU” ao registrar incidentes durante a cerimônia do “fogo sagrado” da Páscoa ortodoxa em Jerusalém, no dia 19 de abril.

Serry, que participou da procissão que reuniu milhares de peregrinos, denunciou um “incidente” durante o evento. O funcionário da ONU afirmou que “apesar das garantias dadas à comunidade cristã palestina” de que o acesso aos locais sagrados seria permitido, a polícia israelense “se recusou a permitir sua entrada” na igreja, afirmou Serry em seu relatório. “Após esse tenso encontro, a multidão enfurecida abriu passagem”, acrescentou.

O relato de Serry foi interpretado como exagerado pelas autoridades de Israel, pois na avaliação do governo, as comemorações da Páscoa transcorreram “pacificamente”.

Segundo informações da agência AFP, Ron Proser acrescentou que “ao invés de tomar medidas construtivas para ajudar a aliviar uma situação sensível, Robert Serry tomou iniciativas perturbadoras que exacerbaram as tensões”. A ONU não se pronunciou sobre a queixa dos israelenses e nem revelou se tomará alguma medida sobre o assunto.

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