Craig Spencer, de 33 anos, atuou como médico em ONG na Guiné.
Resultado de primeiro teste foi positivo, segundo 'NY Times' e CNN. Do G1, em São Paulo
Foto publicada em setembro em seu perfil do Facebook mostra o médico Craig Spencer comtraje de proteção contra ebola antes de partir para a Guiné (Foto: Reprodução/Facebook/Craig Spencer) |
Craig Spencer, médico da ONG Médicos Sem Fronteiras, que foi internado
nesta quinta-feira (23) em um hospital de Nova York teve resultado
positivo em um primeiro teste de ebola. Uma análise complementar ainda
não teve seu resultado divulgado.
O paciente, de 33 anos, chegou ao centro médico com sintomas da doença e
teve o diagnóstico confirmado em um primeiro teste esta noite, informou
prefeito Bill de Blasio. “Os testes realizados confirmaram que o
paciente aqui em Nova York tem resultado positivo para ebola”, disse De
Blasio.
Anteriormente, o jornal "The New York Times" e a rede CNN anteciparam o caso.
“Queremos deixar claro que não há razão para que os nova-iorquinos se
alarmem”, afirmou o prefeito, acrescentando que “a cidade está preparada
para essa eventualidade”.
Com febre e náuseas, Spencer foi transportado de sua casa, no Harlem, ao
Hospital Bellevue. Fontes do jornal New York Post disseram que o médico
esteve na Guiné ajudando a tratar doentes de ebola.
Pessoas que tiveram contato com ele e podem eventualmente ter se contaminado estão sendo localizadas.
A rede NBC disse que Spencer voltou a Nova York há 10 dias e se sentiu
mal nesta quinta, quando acionou a emergência. Ele foi levado por uma
ambulância escoltada pela polícia.
O prefeito de Nova York, Bill de Blasio, disse em uma coletiva de
imprensa que todos os protocolos foram seguidos. "É de nosso
entendimento que muito poucas pessoas entraram em contato direto com
ele", disse. "Estamos esperando por uma boa evolução para este
indivíduo", acrescentou.
O Hospital Presbiteriano do Texas, onde ele trabalhava, afirmou que o
médico não voltou à instituição nem atendeu pacientes depois de sua
viagem para a África Ocidental.
De acordo com a imprensa local, na tarde desta quinta o apartamento do
médico já foi lacrado por especialistas em materiais perigosos.
Números da epidemia
A epidemia de ebola já matou 4.877 pessoas, de um total de 9.936 infectadas,
de acordo com o balanço divulgado pela Organização Mundial da Saúde
(OMS) nesta quarta-feira (22). Os números referem-se aos casos
registrados até o dia 19 de outubro. As ocorrências foram na Guiné,
Libéria, Serra Leoa, Espanha, Estados Unidos, Senegal e Nigéria. Estes
dois últimos países foram declarados livres da doença em 17 e 19 de
outubro, respectivamente.
Na Guiné, Libéria e Serra Leoa, a transmissão continua intensa, de
acordo com a OMS, principalmente nas capitais dos três países. A
organização acredita que o número de casos ainda é subestimado,
sobretudo na capital da Libéria, Monróvia. Nos Estados Unidos e na
Espanha, onde houve transmissões localizadas, autoridades continuam
monitorando pessoas que possivelmente tiveram contato com os pacientes.
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