sábado, 19 de julho de 2014
Políticos querem processar polêmico pastor pentecostal que criticou homossexualidade e roupas sensuais de mulheres durante culto
O polêmico pastor David Owuor está no centro de uma nova discussão na cidade de Campo Grande (MS), onde os vereadores querem denunciá-lo por homofobia e atentado às liberdades individuais.
Conhecido por dizer que o Brasil é o país “número 1 do mundo em pecado”, Owuor causou furor aos vereadores da capital sul-mato-grossense ao dizer que a homossexualidade é pecado e que as mulheres cristãs não devem se vestir de maneira sensual.
Num culto recente realizado no Parque das Nações Indígenas, o pastor David Owuor afirmou aos mais de 10 mil presentes que homossexuais não herdarão o Reino dos Céus, e que as jovens cristãs não devem se vestir com saias curtas e/ou calças apertadas.
“[Nada de] minissaias, calças apertadas, mentiras, falsidade, prosperidade, fumo e a bebida. Se esforcem para viver em paz com todos os homens e serem santos”, teria dito o pastor, que é queniano, durante o culto realizado em Campo Grande.
O vereador Paulo Pedra (PDT), que de acordo com informações do blogueiro Julio Severo é católico liberal, acusou o pastor de “desrespeitar a Constituição brasileira”, e protocolou um requerimento pedindo que David Owuor seja investigado pelo Ministério Público Federal por “homofobia” e desobediência ao artigo 5º da Constituição, que fala de liberdades individuais.
Pedra teve o apoio de outros quatro vereadores: Luiza Ribeiro (PPS), João Rocha (PSDB), Chiquinho Telles (PSD) e Waldecy Chocolate (PP). No entanto, o vereador Alceu Bueno (PSL), foi contra o requerimento: “Não comungo com a ideia de cinco vereadores que estão pedindo investigação no Ministério Público Federal contra o queniano. Acho que pegaram a palavra dele fora do contexto. Ele só citou a Bíblia, que como todo o Evangelho condena o homossexualismo” afirmou. “Se não pudermos abrir a Bíblia e dizer o que ela fala, vamos ter que rasgá-la”, acrescentou o vereador, que é evangélico.
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