sexta-feira, 18 de julho de 2014

Extremistas islâmicos alegam ter destruído o túmulo do profeta Jonas na província de Nínive, no Iraque



Extremistas islâmicos dizem ter destruído o túmulo do profeta Jonas numa onda de ataques a igrejas e cemitérios cristãos na província iraquiana de Mosul, onde se situa a cidade de Nínive, mencionada no Velho Testamento.

O grupo Estado Islâmico (ISIS), que tem perpetrado ataques terroristas no Iraque e na Síria, ameaça também marchar até a cidade de Meca e destruir a mesquita mais sagrada do Islã, que é visitada por milhões de peregrinos muçulmanos anualmente.

Segundo o jornal britânico Daily Mail, os extremistas destruíram um túmulo que alegam ser do profeta Jonas, que é mais lembrado por ter sido engolido por um grande peixe após desobedecer a Deus em sua missão de pregar aos cidadãos de Nínive.

No entanto, o historiador Christopher Jones, da Universidade de Columbia, afirma que não foram apresentados dados que comprovem que os túmulos destruídos sejam realmente do profeta bíblico. “O relato de que militantes do ISIS no Iraque teriam destruído o túmulo do profeta Jonas (Nebi Yunus, em árabe) em Mosul é [apenas] uma onda”, disse o especialista no antigo Oriente Médio. “As imagens que pretendiam provar a destruição estão incluídas no artigo [do jornal], e mostram um homem negro com capuz golpeando uma fileira de túmulos de concreto pintados de verde com uma marreta”, acrescentou Jones.

“A alegação [da destruição do túmulo do profeta] apareceu em vários lugares nas redes sociais na última semana. No entanto, a cena no vídeo absolutamente não se parece em nada com o interior do suposto túmulo de Jonas visto em outras imagens. Algumas fontes afirmaram que o túmulo de Seth também foi destruído, mas não se parece com o ele. Então, o vídeo ou é falso, ou mostra ISIS destruir outra coisa. Por enquanto, o túmulo de Jonas parece ser seguro”, disse o especialista.

A correspondente do jornal Deutche Welle discorda: “Não tenha tanta certeza. A motivação dos militantes ISIS são muito mais do que religiosas. Antes de profanar santuários que eles consideram ofensivos, como mesquitas, igrejas e monumentos, eles saqueiam antes. E estão fazendo milhões com a venda das antiguidades que eles roubam”

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