Greve dos vigilantes pode ocasionar desabastecimento dos bancos em Pernambuco
"Se houver greve, os bancos ficarão sem dinheiro nos caixas", garante presidente do sindicato
Os vigilantes que trabalham em empresas de transporte de valores em Pernambuco ameaçam entrar em greve na próxima quarta-feira (02), caso não seja concedido o reajuste salarial de 20% para a categoria. Além do aumento do salário, os 1,5 mil seguranças que atuam no setor dentro do estado pedem também o aumento dos tíquetes refeição de R$ 13 para R$ 20 e a redução da jornada de trabalho de 191 horas mensais para 176 horas por mês.
"É um trabalho de risco, precisa ser valorizado. Hoje, temos três pisos, o menor é de R$ 1.189 e o maior é R$ 1.795. São valores baixos para funções que envolvem o perigo", afirma Cassiano Souza, presidente do Sindicato dos Empregados em Empresa de Vigilância no Estado de Pernambuco (Sindesv). Segundo ele, na última sexta-feira, 90% dos trabalhadores da categoria fizeram uma paralisação de alerta e houve desabastecimento dos caixas eletrônicos bancários no domingo e nesta segunda (31) no início da manhã. "Se houver greve, os bancos ficarão sem dinheiro nos caixas", garante Souza.
O aposentado Manuel Pessoa confirma a falta de dinheiro nos bancos. "Passei por três agências em Candeias e Piedade e em todas, os caixas eletrônicos estavam sem dinheiro. Na porta de uma delas, havia um aviso explicando que o motivo foi a paralisação dos vigias que fazem o abastecimento através dos carros-fortes", detalha. Augustinho Gomes, presidente Sindicato das Empresas de Segurança e Vigilância do Estado de Pernambuco (Sesvipe), garante que a greve não precisará ser acionada. "Queremos entrar em um acordo e não penalizar a população",
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