Casal gay é preso no Marrocos por se beijar em público
Homossexualidade é passível de pena de até três anos de prisão.
Duas integrantes do Femen que se beijaram foram expulsas do país.
Dois homens marroquinos que se beijaram em público foram presos e uma espanhola foi expulsa do país, informaram as autoridades marroquinas nesta quinta-feira (4), um dia após a ação do grupo Femen contra a criminalização da homossexualidade no Marrocos.
O ministério do Interior marroquino indicou em um comunicado que dois cidadãos do país foram presos por "exposição indecente".
No Marrocos, o artigo 489 estipula que a homossexualidade é passível de uma pena de até três anos de prisão.
Os dois homens presos beijaram-se na esplanada da Torre Hassan, que tem vista para um minarete muito simbólico de uma mesquita em Rabat, informou o site Goud.
Na quarta-feira, duas francesas do Femen protestaram mostrando seus seios e beijando-se no mesmo local.
Detidas no aeroporto de Rabat após a ação, foram expulsas para a França com a "proibição de entrar no território" marroquino.
Nesta quinta-feira, 1.500 pessoas protestaram diante da embaixada da França em Rabat para denunciar a ação das militantes francesas.
De forma pacífica, homens de todas as idades e numerosas mulheres exibiram cartazes com frases como "Abaixo Femen", "Isto em nosso país, não" ou "Não ao ataque contra os valores sagrados dos marroquinos".
O ministério do Interior informou que uma espanhola foi presa por apoiar a ação dos Femen e foi expulsa na quarta-feira.
As autoridades marroquinas também denunciaram "uma série de manobras provocativas e de assédio realizadas por organizações estrangeiras contra as leis marroquinas, o que vai de encontro aos princípios sociais e religiosos, e minam a moral".
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