“Holocausto cristão” é o tema da campanha
por Jarbas Aragão
Ativistas judeus querem salvar cristãos de muçulmanos
No passado existiram campanhas de cristãos em favor dos judeus. Em especial durante a Segunda Guerra Mundial, quando o Holocausto nazista assassinou cerca de seis milhões de judeus europeus.
Em meio a onda de violência do Oriente Médio contra os cristãos, principalmente os constantes massacres executados pelo Estado Islâmico, ativistas judeus decidiram fazer algo. Seu objetivo é conscientizar o mundo Ocidental, e paradoxalmente, as igrejas cristãs do que realmente está acontecendo.
Liderados pelo cartunista israelense Yaakov Kirschen, autor da coluna Dry Bones (Ossos Secos) que é reproduzida em jornais importantes como Jerusalem Post, The New York Times e Wall Street Journal. Por mais de 40 anos, ele deu espaço ao comentário político em seus desenhos, dedicando-se a denunciar o antissemitismo.
Acostumado a polêmicas, agora está querendo chamar atenção para o que classifica como o “holocausto” dos cristãos no Médio Oriente. “Comunidades cristãs estão sendo totalmente assassinadas e muitas vezes expulsas, nessa limpeza étnica de todo o Médio Oriente. Seu objetivo é acabar com o cristianismo. Enquanto isso os líderes ocidentais fingem que não veem”, protesta.
Em grande parte a mídia silencie, embora continuamente haja casos de igrejas queimadas, mulheres cristãs sequestradas, estupradas ou vendidas como escravas, ao mesmo tempo em que até mesmo crianças são mortas apenas por serem cristãs. Em alguns casos, judeus também são vítimas dessa perseguição aberta.
“Eu acho essa apatia algo inacreditável”, disse ele à CBN News. “É loucura saber que as igrejas não estão protestando em massa, os políticos não se posicionam e não há manifestações nas ruas dos países livres.”
Decidido a movimentar pessoas de todo o mundo, ele iniciou uma campanha na Internet para apoiar os cristãos Médio Oriente. Também está produzindo uma série de charges e quadrinhos que visam transformar seus leitores em ativistas. Kirschen acredita que a linguagem do desenho é universal.
“As pessoas precisam encontrar uma maneira de lutar contra isso. Se nossas igrejas, organizações judaicas e líderes políticos não estão dispostos a fazer nada enquanto os cristãos no Oriente Médio são totalmente exterminados, então nós, o povo, precisamos fazer alguma coisa”, assevera. Embora conte apenas com algumas centenas de colaboradores, o cartunista espera que essa mensagem se espalhe e consiga chamar atenção do maior número possível de pessoas.
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