ONG resgata elefante aprisionado por 50 anos, e animal chora.
Sabia que elefantes podem chorar? O paquiderme Raju derramou lágrimas ao ser resgatado na última sexta-feira por uma organizaçãonão governamental, depois de 50 anos aprisionado, na Índia. O animal vivia acorrentado pelas patas e era usado pelo dono para pedir dinheiro. A ONG britânica Wildlife SOS fez uma operação conjunta com a polícia local para libertar o bicho durante a madrugada.
O animal era mantido acorrentado Foto: Divulgação / Wildlife SOS
Foram 10 veterinários, 20 guardas florestais e seis policiais envolvidos no resgate do elefante. “A equipe ficou completamente abismada de ver as lágrimas rolarem durante o resgate. Foi absurdamente emocionante para todos nós. Nós sentimos que ele percebeu que seria liberado”, contou a porta-voz da ONG, Pooja Binepal, em entrevista ao jornal britânico Daily Mail. “Elefantes não são só imponentes, mas também muito inteligentes, que já mostraram ter sentimentos de luto. Só podemos imaginar o que meio século de tortura fez com ele”.
Segundo o relato de Pooja, o elefante nunca tinha vivido afastado das correntes. A Wildlife SOS soube da existência de Raju exatamente um ano antes de conseguir liberá-lo. Eles buscaram confiscar o animal por vias judiciais. O processo foi atrasado porque o dono do elefante não tinha nenhuma documentação de posse do animal. “O Raju deve ter sido capturado quando era filhote e foi vendido de mão em mão. Nós acreditamos que ele tenha tido incríveis 27 donos”, explicou.
normalmente Foto: Divulgação / Wildlife SOS
“Quando o localizamos, em julho de 2013, suas condições eram patéticas. Ele não tinha abrigo à noite e era usado para pedir dinheiro para turistas. Ele não era alimentado adequadamente, então os turistas lhe davam doces. Devido ao seu estado de fome e exaustão, ele começou a comer as embalagens de papel e plástico.
Assim que eles receberam a autorização judicial, a equipe fez a operação de resgate. O elefante estava muito ferido, sobretudo na região das patas que ficava acorrentada e está cheia de abcessos. “Será um processo longo de reabilitação, queremos ensiná-lo que os humanos não são símbolos só de dor e brutalidade, mas vai demorar. Quando estiver pronto, vai começar a conviver com outros dois elefantes, Rajesh e Bhola, que também sofreram uma crueldade indescritível”, explicou.
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