sábado, 10 de maio de 2014

Vaticano destituiu 884 padres acusados de pedofilia nos últimos dez anos

''Mais de 2.570, sacerdotes porém, receberam outras punições após a investigação dos casos''

Vaticano destituiu 884 padres acusados de pedofilia


O Vaticano revelou dados a respeito dos sacerdotes que foram afastados de seus cargos por conta de casos de pedofilia. O representante da Igreja Católica na ONU, Silvano Tomasi, afirmou que 3.420 casos foram investigados e 884 sacerdotes foram destituídos e afastados.

Os dados apresentados são referentes aos últimos dez anos e foram mostrados para dirigentes da ONU durante uma reunião em Genebra (Suíça) na última terça-feira (6).

Tomasi explicou aos presentes que a Santa Sé só pode julgar os casos cometidos dentro do Vaticano, nos demais países os bispos ficam responsáveis por receber essas denúncias e encaminhá-las para a Congregação para a Doutrina da Fé que deve analisar e decidir sobre os casos.

“A Santa Sé não tem competência para julgar os pedófilos fora do Estado do Vaticano, mas sim realizar procedimentos eclesiásticos contra quem pesam abusos a menores”, disse ele.

A congregação local deve estudar as denúncias e só depois condenar o sacerdote a uma pena canônica. “Caso o clérigo seja declarado culpado, a pena canônica mais extrema é a separação do entorno clerical”, disse Tomasi.

Todos esses dados foram solicitados pela relatora do Comitê da ONU contra a Tortura, Felice Gaer, que queria saber sobre os sacerdotes investigados pela congregação. Gaer queria informações sobre quantos sacerdotes católicos foram condenados.

“De 2004 a 2013, a Congregação analisou 3.420 casos críveis de abusos a menores de 18 anos”, disse Tomasi. Foram 730 casos em 2004, 184 em 2005, 213 em 2006, 216 em 2007, 191 em 2008, 196 em 2009, 464 em 2010, 402 em 2011, 418 em 2012 e 401 em 2013.

Os dados apresentados mostram que em 2.572 casos os sacerdotes não foram destituídos de seus cargos, as penas aplicadas, porém, não foram especificadas pelo representante do Vaticano.

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