domingo, 6 de abril de 2014

Morre o ator José Wilker


Zuleika de Souza/CB/D.A Press

Morreu na manhã deste sábado (5/4) o ator José Wilker, aos 66 anos. Segundo informações preliminares, Wilker sofreu um infarto fulminante. O ator deixa três filhas. O velório será aberto ao público, com previsão de início a partir das 23h deste sábado e a cremação do corpo deve acontecer na tarde deste domingo, no cemitério Memorial do Carmo, na zona portuária do Rio de Janeiro.

Ele nasceu em Juazeiro do Norte, Ceará, em 1947. Lá começou sua carreira como locutor de rádio, mas mudou-se para o Rio de Janeiro aos dezenove anos de idade para estudar sociologia na PUC, mas abandonou o curso para se dedicar ao teatro. Foi casado com Guilhermina Guinle e seu último casamento foi com a jornalista Claudia Montenegro.

A última participação do ator em novelas foi em 2013, quando viveu o doutor Hérbet, em "Amor à Vida", de Walcyr Carrasco. E antes, fez papel marcante no remake de "Gabriela", de Jorge Amado, em que interpretou o coronel Jesuíno. 
Mas seu currículo é extenso, foram 49 filmes em que atuou, e fez participação em 29 novelas, além de dirigir, narrar, apresentar e fazer crítica de cinema. Não há como esquecer, por exemplo, Roque Santeiro, personagem central da trama homônima de Dias Gomes e Aguinaldo Silva (1985); ou Rodrigo, protagonista da novela Anjo Mau (1976). O ator ainda viveu o ex-bicheiro Giovanni Improtta, de Senhora do Destino, em 2004, e fez sucesso com o bordão "felomenal".

Wilker também será para sempre lembrado por atuar como Antônio Conselheiro, no filme Guerra de Canudos, em 1997. Assim como o Vadinho, em Dona Flor e seus Dois Maridos, em 1976, e o político Tenório Cavalcanti de O Homem da Capa Preta, de 1986. Também foi protagonista da série JK, em que interpretou o próprio presidente Juscelino Kubitschek.

Seu primeiro filme foi em 1965, intitulado A Falecida, com Fernanda Montenegro como protagonista. Em 1970, ganhou o prêmio Molière de Melhor Ator. Também atuou em filmes como Xica da Silva (1976) e Bye Bye, Brasil (1979), os dois de Cacá Diegues.

Como diretor ficou à frente da série humorística de grande sucesso da Globo, Sai de Baixo (1996). E como apresentador e crítico comentava a premiação do Oscar pela emissora de TV.

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