Padre “esmaga” demônios em missas de libertação
por Leiliane Roberta Lopes
O monsenhor Joaquim José Stein, 70 anos, tem feito sessões de exorcismo em São Paulo na igreja Nossa Senhora do Paraíso, a poucos metros da famosa Avenida Paulista.
O religioso segue um dos ramos do catolicismo, mas é independente da Arquidiocese de São Paulo, tendo a liberdade de fazer as missas de cura e libertação.
Entre as frases mais ditas pelo padre está a ordenança aos espíritos: “Em nome de Jesus, saia pelas mãos, pelos pés, pela boca!”. Muitos fiéis participam da missa com o objetivo de se livrarem de seus males.
Os assistentes de Stein se vestem de branco e prestam todo apoio para que a sessão de libertação aconteça, incluindo as rezas para a “cura do mal, para a proteção contra a maledicência, cura de doenças e enfermidades, ressentimentos e traumas”.
Algumas pessoas chegam a ficar deitadas no chão, o padre exorcista diz que se trata de uma “experiência de um dom do repouso no Espírito Santo”, elas ficam em um momento de relaxamento, algo parecido com o que acontece em cultos de igrejas neopentecostais.
Mas a sessão de exorcismo segue, Stein ordena para que os espíritos saiam e chega a colocar o pé no peito de quem está estendido no chão para expulsar o mal. “O mal não quer ser pisado, então eu o humilho com o poder do Espírito Santo”, declara.
Em entrevista à Folha de São Paulo o padre exorcista disse que também usa os pés por não ter mais mobilidade, por conta da idade, para se abaixar e orar sobre o fiel deitado.
Mesmo sendo chamado de exorcista, o padre explica que o que ele fez é cura e libertação de problemas psíquicos e espirituais e que o termo “exorcista” não é errado. “No fim é a mesma coisa”, relata.
O ritual está ligado à Renovação Carismática, corrente católica que tem uma linguagem muito parecida com a de igrejas evangélicas, por isso há tantos elementos em comum entre a missa de Stein e cultos de libertação.
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