quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

Veja o prejuízo que ela pode ter causado ao Brasil! Após retaliação de Dilma, Indonésia pode cancelar compra de aviões da Embraer.

Veja o prejuízo que ela pode ter causado ao Brasil! Após retaliação de Dilma, Indonésia pode cancelar compra de aviões da Embraer.


Após retaliação de Dilma, Indonésia pode cancelar compra de aviões da Embraer

O presidente da Indonésia, Joko Widodo, disse nesta terça-feira que as execuções dos 11 condenados, entre eles o brasileiro Rodrigo Gularte, serão mantidas

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JACARTA e RIO — A recusa da presidente Dilma Rousseff em receber as credenciais do embaixador indonésio para começar a trabalhar no Brasil, na última semana, uma retaliação a recusa do presidente indonésio de acatar o pedido de clemência em favor do brasileiro Marco Archer, pode afetar as relações comerciais entre os país. Após convocar o embaixador brasileiro para dar explicações, além de chamar de volta ao país Toto Riyanto, agora o governo indonésio estuda está reconsiderando a compra aviões de combate e lançadores mísseis do Brasil, informou o diário indonésio “Jakarta Post“. 
De acordo com o jornal, o vice-presidente indonésio Jusuf Kalla disse que o governo está repensando se adquire para a Força Aérea do país um esquadrão de 16 aviões EMB-314 Super Tucano, fabricados pela Embraer. A Indonésia ainda estaria estudando a possibilidade de cancelar uma encomenda de lançadores múltiplos.
Na sexta-feira, em uma cerimônia no Palácio do Planalto, a presidente recebeu as credenciais de cinco novos embaixadores. O diplomata indonésio, Toto Riyanto, chegou a constar da lista dos que seriam recebidos na cerimônia, o que não aconteceu.
— Nós achamos que é importante que haja uma evolução na situação para que a gente tenha clareza de em que condições estão as relações da Indonésia com o Brasil. O que nós fizemos foi atrasar um pouco o recebimento das credenciais, nada mais do que isso — disse Dilma a jornalistas, após a cerimônia.
O presidente da Indonésia, Joko Widodo, disse nesta terça-feira que as execuções dos 11 condenados, a maioria por tráfico de drogas, não serão canceladas ou suspensas, alertando aos outros países para não intervirem no direito da Indonésia de praticar a pena de morte.
— A primeira coisa que eu preciso dizer firmemente é que não deve haver qualquer intervenção na pena de morte porque é nosso soberano direito de exercer nossa lei — disse Widodo, em uma possível resposta aos pedidos da presidente Dilma Rousseff, da França, Holanda e Austrália, para que os condenados destes países não fossem executados.
Nesta terça-feira, o ministro da Defesa, Jaques Wagner, disse que não há uma crise instalada entre os dois países. Ele visitou as instalações da Marinha em Itaguaí, onde são contruídos submarinos. 
— Não tem uma crise ainda instalada. Isso não é um rompimento, é um momento onde se discute a questão do não acolhimento (do embaixador). Óbvio que a Indonésia tem sua autonomia, mas creio que é postura do Brasil respeitar a autonomia dos países. Não creio que isso no médio prazo vai afetar essa compra (dos aviões militares). Acho que isso vai ser superado, é um momento de trauma.
Widodo disse ter recebido telefonemas dos líderes de Brasil, França e Holanda sobre a pena de morte, mas afirmou que os apelos não serão atendidos. De acordo com informações da BBC, o governo Francês chamou o embaixador da Indonésia no país para falar sobre a preocupação com o destino de Serge Atlaoui, preso no país por tráfico de drogas e condenado a morte.
As autoridades australianas, que também apelam pela vida de dois condenados, fizeram uma grande campanha diplomática pelas vidas de Myuran Sukumaran e Andrew Chan. O primeiro-ministro autraliano, Tony Abbott, causou um mal estar na semana passada quando disse que a Indonésia deveria se lembrar da ajuda de 1 bilhão de dólares australianos enviada ao país após o tsunami que atingiu o país em 2004.
Marco Archer foi executado na Indonésia no dia 17 de janeiro, apesar do pedido de clemência feito pelo governo brasileiro. A presidente telefonou para o presidente indonésio Joko Widodo. Na ocasião, ela afirmou ao colega que no Brasil não há pena de morte, e que o fuzilamento do brasileiro causaria comoção e estremeceria as relações entre Brasil e Indonésia.
Outro brasileiro aguarda no corredor da morte na Indonésia. O nome de Rodrigo Gularte, condenado por tráfico de drogas, consta numa lista divulgada pelo governo indonésio no início do mês. Diagnosticado com esquizofrenia, o brasileiro pode ter sua sentença suspensa.

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