Menino africano achado em mala reencontra sua mãe
Adou Ouattara foi encontrado em maio pela Guarda Civil espanhola.
Ele estava escondido em uma pequena mala sem respiradores.
O menino africano Adou Ouattara, encontrado em uma pequena mala quando era introduzido ilegalmente na Espanha, reencontrou nesta segunda-feira (8) sua mãe no território espanhol de Ceuta, enquanto a justiça ordenou a libertação de seu pai.
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"Estamos muito felizes. Trouxemos o menino e também tentaremos trazer o pai", afirmou o advogado da família, Juan Isidro Fernández Díaz. "Pagamos a fiança e ele será libertado", afirmou à imprensa, em referência a Ali Ouattara, que estava em prisão provisória desde 8 de maio.
Acuado, coberto por roupas e muito assustado, o pequeno Adou Ouattara, de 8 anos e originário da Costa do Marfim, foi encontrado em 7 de maio pela Guarda Civil espanhola escondido em uma pequena mala sem respiradores.
Uma adolescente de 19 anos, que não era sua mãe, transportava a mala quando foi interceptada pelas autoridades. Sua intenção era cruzar a fronteira entre Marrocos e o território espanhol de Ceuta.
Um mês depois, Lucie, a mãe do menino pôde reencontrar seu filho, que permaneceu todo esse tempo em um abrigo de menores de Ceuta.
"Hoje foi um dia muito feliz", comentou a diretora do abrigo Área de Menores de Ceuta, María Antonia Palomo, sobre o encontro da família.
Imagens de televisão mostraram o pequeno Adou olhando pela janela, esperando impacientemente pela chegada de sua mãe. Agora, a família voltará para Puerto del Rosario, na ilha de Fuerteventura, no arquipélago atlântico das Canárias.
Ali e Lucie vivem legalmente nas Canárias com sua filha Myriam, de 11 anos, enquanto outro filho, Ismael, 21, trabalha na região de Múrcia, no sudeste da Espanha.
Adou, entretanto, tinha ficado na Costa do Marfim, na aldeia de Assuefry (nordeste), com seu irmão Michael e sua avó.
Após a morte da avó, Ali pediu o reagrupamento familiar de Adou, que as autoridades espanholas negaram por razões administrativas.
De acordo com seu advogado, o pai pagou 5.000 euros a traficantes de seres humanos, acreditando que eles iriam fornecer um passaporte e um visto para a criança e não que tentariam atravessá-lo dentro de uma pequena mala.
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